Pequenos Contos

Tomás (de Rosa Pires)

Atribuíram-lhe o nome de Tomás sem saber ao certo porquê.
Diziam ser o nome de um guerrilheiro Japonês que mais tarde se tinha tornado um conhecido pacificador do seu país. Desde cedo que Tomás prometia ser um gaiato enérgico, não fosse a sua mãe queixar-se dos protótipos de artes marciais que praticava quando ainda no seu ventre.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/07/tomas.html

Na Casa de Nocah (de Rosa Pires)

A casa de Nocah não tinha tecto. Apenas um espesso círculo de parede barrenta de cinco metros e dois contornos de portas compunham tal poiso. O céu azul luminoso fundia-se com a pele dos corpos que por ali passavam, pois não existiam fronteiras nem limites. A olho nú e de mão aberta com braço estendido, alcançava-se o infinito.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/07/casa-de-nocah.html


Casa Mãe (de Rosa Pires)

Para alguns era apenas um local vulgar de passagem, entre o relógio apressado do trabalho e o caminho de volta a casa. Para outros um ponto de paragem, de convívio com o baralho de cartas, de troca de olhares e sorrisos. Para mim, era a Casa Mãe.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/09/casa-mae.html 

Gosto de ti (de Rosa Pires)

Gosto de ti, sempre. Mesmo quando estás furioso comigo e te queixas das minhas distracções

- Voltaste a deixar a luz acesa onde andas com a cabeça

Cada cabeça, cada sentença, já dizia o pai. O meu pai tem dois corações. O de mãe e o de pai. Quando éramos pequenos, fazíamos de JC em cima do muro alto, com uma base muito pequena de apoio para os pés.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/09/gosto-de-ti.html


A história da Lurdinhas (de Rosa Pires)

Dizia-se parteira, mas em part-time era fadista. Lurdinhas tinha um ar feminino robusto, os seus seios fartos revelavam ser bom garfo, de prato cheio. Durante a madrugada, levanta-se prontamente e mesmo antes da jejua pegava na sua dita agenda, rabiscos de papel no bolso do avental, para ver quantos bebés iria ajudar hoje a nascer.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/10/historia-da-lurdinhas.html

Pê (por Rosa Pires)

Pê é di pai, preto e pedro.
Pai pedro tem nariz qui funga e olho qui chóra. Preto tem sorriso bunito e dente branco, bunda dengosa e jeito di malandrice. Pai preto trabalha duro e sustenta família, protege mulhé mãe e minino qui tá pra nascê.

Ler mais em: http://forumipsilon.blogspot.com/2010/12/pe.html